20/06/2018 19:26

Músico apaixonado, associado coleciona canções e parcerias

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paulo2.jpgPaulo Araújo é empregado da Caixa, associado da Apcef Ceará e apaixonado por música. Estimulado pelos pais, seu primeiro contato com o mundo musical aconteceu aos 10 anos de idade, estudando violão clássico no Conservatório Alberto Nepomuceno. Por lá, passou cinco anos sob a orientação do mestre José Mario de Araújo. “Depois disso, fui me aprofundando no universo da música por paixão”, conta.

Na última contagem que fez, Paulo já ultrapassava as 250 composições, reflexo do que ele chama de “necessidade orgânica”. Por ser muito calado, a música acaba se tornando uma terapia, uma forma de expressão. As influências são várias: “Eu brinco dizendo que tenho pouca ambição. Queria ser só uma mistura de Guinga com Chico Buarque com Paulo Cesar Pinheiro”, brinca, apontando ainda Astor Piazzola, Villa Lobos e Gismonti como inspirações.  

De cinco anos para cá, Paulo vem se destacando pelo trabalho autoral, pelas parcerias e pelas participações em festivais. Um dos últimos que participou foi o Festival de Inverno da Serra da Meruoca, onde venceu na categoria nacional com um conjunto de quatro obras: “Clareou”, “Bela”, “Sem gênero” e “Quanto mais” – esta última sobre Marielle Franco (conheça: https://www.youtube.com/watch?v=a51wmi6KLqM). Todas as músicas foram parcerias com o maestro Luciano Franco. Como vencedor, Paulo apresentou show autoral de 60 minutos para um público estimado de 12 mil pessoas.

Sua próxima parada será o Talentos Fenae/Apcef 2018, que ainda está na fase estadual, onde tem duas músicas inscritas: Canção em dor menor (modalidade composição) e Quando a saudade apertar (modalidade interpretação – que será defendida pela associada Raquel Gomes). Na edição 2017 do concurso, Paulo venceu a etapa nacional com a composição “Carta de Heloísa”, interpretada também por Raquel.

Entre as diversas parcerias ao longo da carreira, Paulo destaca Luciano Franco (com quem tem mais de 30 obras em conjunto), Mimi Rocha, José Augusto Moita, Marcelo Delacroix, Pachelly Jamacaru, Roberto Rozendo, Augusto Cesar, Felipe Cordeiro, Wellington Nunes e Nilson Aquino.

Junto com outros oito amigos amantes da música, formou o grupo Psicopáticos: Wellington Nunes (idealizador do grupo), Augusto Cesar, Cassiano Mello, Raquel Gomes, (todos os quatro também empregados da Caixa), Emilia Lima, Igor Pontes, Claudia Pontes e Rose Paiva.  

Como artista independente, enfrenta dificuldades para lançar um álbum autoral - projeto que se arrasta há dois anos. "Dificil de concluir porque música autoral que se pretende não descartável, sem retorno financeiro, não tem financiador".  

Provocado sobre seu trabalho ser desprendido de apelo comercial, Paulo diz não ter esse desprendimento, pois adoraria tocar em rádios e “ficar rico” com a música, mas que não consegue produzir conteúdo descartável. "Tenho uma críticia muito forte sobre o que produzo. Todo artista tem a pretensão de se fazer ouvir. Acho que fazer música propositadamente ruim, com fim unicamente comercial é um crime, um desserviço. A música deve ser vista como arte, cultura. As pessoas têm o direito de ouvir coisas boas, que elevem, que instiguem, que tragam reflexões", arremata.

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