14/10/2015 15:25

Greve segue forte na Caixa para pressionar reabertura das negociações

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A greve dos bancários chega ao nono dia nesta quarta-feira (14) e os empregados da Caixa seguem firmes no movimento paredista. A expectativa é reabrir as negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a direção da empresa, com novas propostas.

Nas últimas negociações, a Caixa não fez proposta aos trabalhadores que atendesse minimamente as reivindicações da pauta específica. Entre os principais itens reivindicados pelos empregados da Caixa pode-se destacar o fim da Gestão de Desempenho de Pessoa (GDP) e a contratação de pessoal.

O GDP impõe metas individuais e torna o bancário um vendedor focado em metas, colocando em segundo plano o trabalho de crédito, de desenvolvimento urbano, de programas sociais. Esse cenário coloca em risco conquistas sociais, como a PLR Social e a promoção por merecimento.

Sobre a contratação de pessoal, a Caixa finalizou 2014 com 101 mil empregados e hoje possui cerca de 97 mil bancários. No ano passado, a empresa assinou o acordo coletivo com a categoria bancária assumindo o compromisso de contratar mais 2 mil empregados aprovados no concurso, mas não cumpriu o acordo. Por conta disso, existe uma defasagem imediata de mais de 5 mil trabalhadores.

Outra reivindicação importante de ser destacada é a isonomia, com igualdade de tratamento entre os mais antigos e os novos, que entraram depois de 1998.

Adesão crescente

O diretor da Apcef Ceará e do Sindicato dos Bancários do Ceará, Jefferson Tramontini destaca a forte, e já tradicional, adesão dos empregados da Caixa ao movimento.A greve na Caixa está forte e continua crescendo a adesão. Diferente de anos anteriores, este ano o pessoal de retaguarda está aderindo com mais força, mais gente participando na construção de greve”, afirma, acrescentando que não tem nenhuma agência da Caixa aberta em Fortaleza.

A força do movimento

Áureo Júnior, presidente da Apcef Ceará e também diretor do Sindicato, ressalta que a greve deste ano alcançou setores que antes tinham dificuldade de adesão, como o setor dos profissionais (advogados, engenheiros, assistentes sociais e arquitetos. “Essa é a força da nossa greve, que está mais consolidada. O corpo gerencial compreendeu a importância da greve para fortalecer o direitos dos trabalhadores. O empregado bancário está confiante na força da greve e pressionando, no sentido de abrir um canal de negociação que responda as reivindicações”, afirma o presidente.

Confira aqui a pauta de reivindicações específica dos empregados da Caixa.

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