31/08/2017 09:22

Desmonte da Caixa: medidas continuam a prejudicar empregados e sociedade

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Nesta semana, a Caixa Econômica Federal sofreu mais um ataque: dezenas de unidades receberam comunicados, fixados em suas portas, informando que seriam fechadas em setembro. Mais uma medida do projeto para enfraquecer e desmontar a empresa, cuja capilaridade é uma das principais características. Endossando esse projeto, os empregados seguem sofrendo ameaças aos seus direitos.   

A meta do banco seria encerrar as atividades em 122 unidades num primeiro momento, medida que precisaria ser amplamente discutida com os empregados e a sociedade – o que reflete bem o caráter autoritário da atual direção. Soma-se a isso as ameaças aos direitos dos empregados, que convivem diariamente com os prejuízos dessas medidas de desmonte, como é o caso da verticalização e da GDP – Gestão de Desempenho de Pessoas.   

“A Caixa coloca os empregados numa disputa muito acirrada, estabelecendo metas inatingíveis, implementando a meritocracia com oportunidades desiguais e com condições de trabalho inadequadas, além de impor a GDP. As consequências de tudo isso são péssimas: precariza o atendimento, aumenta o adoecimento da categoria, prejudica o clima organizacional, dificulta o plano de carreira, entre outras”, afirma o presidente Rochael Sousa.

Diante desse quadro desolador, entidades representativas e empregados da Caixa estão realizando semanalmente, em todo o país, manifestações em defesa do banco 100% público e dos direitos da categoria, alertando a população sobre este processo de desmonte da empresa. Em breve, será lançada ainda a campanha “Defenda a Caixa você também”.

Segundo Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor da Fenae, o que está ocorrendo é uma equivocada mudança de perfil da Caixa. “Estão buscando atuar em um nicho de mercado que não é o do banco, que são os clientes de alta renda. O resultado é a precarização do atendimento prestado àqueles que sempre estiveram conosco. Já em relação aos empregados, o que estamos vendo é a redução das funções, gerando um prejuízo financeiro para a categoria. Vamos cobrar a revisão dessa medida e mobilizar os colegas e a sociedade”, avisa.

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