31/07/2017 18:03

19ª Conferência: bancários definem planos de luta da categoria

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Com a presença de 696 bancários, terminou neste domingo (30) a 19ª Conferência Nacional dos Bancários. O encontro aprovou o plano de lutas, estratégias e resistência para a Campanha Nacional de 2018, com ações em defesa do emprego, dos direitos, dos bancos públicos, da democracia, do movimento sindical e para as mesas temáticas de Saúde do Trabalhador, Igualdade de Oportunidades, Segurança Bancária e de Acompanhamento da Cláusula de Prevenção de Conflitos. A Conferência aconteceu entre 28 e 30 de julho, em São Paulo.

Um documento será entregue à Federação dos Bancos (Fenaban), no próximo dia 8 de agosto, sobre cada ponto defendido pela categoria bancária e a oposição dos bancários à reforma trabalhista. A categoria não aceitará qualquer alteração nos contratos de trabalho e exige respeito a todas as cláusulas da nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). 

As mesas temáticas sobre Saúde do Trabalhador, Igualdade de Oportunidades, Segurança Bancária e de Acompanhamento da Cláusula de Prevenção de Conflitos trouxeram reflexões para a formação de dirigentes e de bancários de base que estiveram presentes. Trouxeram indicadores de como pode ser feito o enfrentamento aos ataques aos direitos e como enfrentar as consequências do avanço da tecnologia.

“Foi um encontro muito produtivo, pois conseguimos debater as principais questões de interesse dos bancários e dos trabalhadores em geral. Definimos as estratégias de enfrentamento aos ataques contra os empregos, os bancos públicos, o movimento sindical e a democracia. Agora, mais do que nunca, vimos que precisamos nos reorganizar e unir forças para defender os nossos direitos e o Brasil”, afirma o presidente Rochael Sousa. 

Principais pontos do documento que será entregue a Fenaban:

Não à terceirização;
Não ao contrato temporário;
Não à contratação de autônomos;
Não ao contrato intermitente de trabalho;
Não ao teletrabalho sem negociação com os sindicatos;
Não ao termo de quitação das obrigações trabalhistas;
Não à jornada 12 x 36 horas;
Não ao parcelamento da PLR em mais de duas vezes;
Manutenção das homologações feitas pelos sindicatos para fiscalizar o devido pagamento dos direitos dos demitidos;
Não à rescisão do contrato de trabalho em comum acordo, na qual os trabalhadores só perdem;
Não ao limite à liberdade de expressão dos sindicatos e dos trabalhadores;
Contra prêmios e bônus que não integrem os salários;
Garantia dos centros de realocação e requalificação;
Respeito à jornada de trabalho dos bancários como forma de preservação da saúde;
CCT válida para todos os trabalhadores dos bancos;
Que todos os trabalhadores da atividade-fim dos bancos sejam representados pelos sindicatos de bancários;
Assinatura de termos de responsabilidade por parte do empregado não eximirá o empregados da responsabilidade com a saúde dos trabalhadores;
Livre acesso dos dirigentes sindicais às agências digitais;
Garantia da ultratividade (validade) da CCT até a celebração de novo acordo;
Garantia de que as gratificações de função sejam incorporadas apos 10 anos de recebimento.

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